ACORRENTADO...

Chegaste em minha vida com o coração sôfrego,

A alma sobejada e o corpo aberto em chagas...

E minh’alma também, que se afogava em pragas

Abriu-te um coração mui melindroso e trôpego!

Mergulhamos nos sonhos dos jardins florais

Que dão suporte e abrigo a seres sofredores...

Servindo de sustento a nós, os portadores

Dessas necessidades “quase” especiais...

E o elo universal de amor que me acorrenta

É o mesmo que me excita, afaga e alimenta

Aquilo que eu já tinha há muito sepultado...

Pois longe dos teus olhos sou prisioneiro

Da dor, e só me sinto livre por inteiro

Quando o meu corpo ao teu, se vê aprisionado...

(Nizardo)

Poesia registrada.

Xerinho.