Poema de invenção do amor (poema do não-sei)

Resgatadas histórias me olhas com olhos de "não-sei"

O que pensei não me serve, só fatos e pratos

No sentimento que me conserve

Porque se há de levar-me, que nada mais me leve!

Não sinto nada... só sentimento de fundo

Em problemas de músculos involuntários me perco e escrevo

Que se não se domina esse mal que nos domina

Nada há de se fazer... é essa cor a nossa sina!

Vai moço, coração é músculo involuntário que nada mais obedece

Ele padece e o que se há de fazer?

O sentimento se aproxima para ocupar lugar de fundo

E vou no mundo como quem nem mais diz o seu dizer!

Tu dizes "não-sei"! Eu, o que sei?

Nada sei deste músculo que nos arrebenta

Aguenta a jornada de tanto traçada na escala do destino

E perco o tino... invento amor como quem tudo inventa!

dhália
Enviado por dhália em 24/01/2007
Código do texto: T357724