Poema de invenção do amor (poema do não-sei)
Resgatadas histórias me olhas com olhos de "não-sei"
O que pensei não me serve, só fatos e pratos
No sentimento que me conserve
Porque se há de levar-me, que nada mais me leve!
Não sinto nada... só sentimento de fundo
Em problemas de músculos involuntários me perco e escrevo
Que se não se domina esse mal que nos domina
Nada há de se fazer... é essa cor a nossa sina!
Vai moço, coração é músculo involuntário que nada mais obedece
Ele padece e o que se há de fazer?
O sentimento se aproxima para ocupar lugar de fundo
E vou no mundo como quem nem mais diz o seu dizer!
Tu dizes "não-sei"! Eu, o que sei?
Nada sei deste músculo que nos arrebenta
Aguenta a jornada de tanto traçada na escala do destino
E perco o tino... invento amor como quem tudo inventa!