Quando meu amor... (27-04-08)

 
O meu amor me disse
Sua força com o amor
E eu lhe disse que o amar
Redime todo o despertar
De uma vida tão saudosa...
 
Quão humilde são teus olhos
Tão carente o meu pesar
Faz-me ainda repensar
Meu futuro planejar
 
Quem me dera meu amor sentisse
Meu pulsar e consentisse
Minha dor e me pedisse
O mirar da alma triste...
 
Se assim possível fosse
Essa flor que me comove
Esse ardor que me consome
E o delírio que padece
Meu amor iria sempre
Abraçar o ser vivente
E me despir da solidão
 
São sopros de agonia
Que sinto noite e dia
E o desejo que soía
Afasta mais tardia
 
Quem me dera meu amor falasse
Viver ao meu redor e cessasse
A mocidade tão presente
Em que penso tão ausente
 
Cada qual tem uma história
Ímpar, repleta de glórias
Estas serão sempre magnólias
No jardim desta vitória
 
Juntos ainda viveremos
Onde enfim seremos
Um só sob o sereno
No telhado do alvorescer
 
Cada dia, cada instante
Faz de mim um ser vibrante
Suspirar tão triunfante
No encontro de um infante
 
Mas ainda penso quem me dera
Meu amor vertesse uma única lágrima
Que abrisse essa recíproca, uma última
Destes pagos que dantes pudera
 
Sonhei que vinha ao meu encontro
Todavia meu olhar viu um outro
Pesadelos ao sabor do puro vinho
Sem tu aqui comigo no caminho
 
É um aviso dos céus este luar
Sangrarei meus pés de tanto caminhar
Rumo ao horizonte de três cores quero trilhar
E enfim poder descansar...
 
Quando meu amor pedir
Este aconchego e dormir
Sobre este pampa redimir
E com aceite dela partir
 
Despedir-se aos delírios do paraíso
Legítimo, verdadeiro eu aviso
Surpreende este meu coração
E presenteia com o fogo da paixão
 
Seja eu mesmo este algoz
Belo vôo do pequeno albatroz
Falta coragem não sou capaz
Vem comigo, traz um pouco de paz
 
Corre este campo veja estas flores!
São Pedro abençoa esta ida bendita
Passado recente revestido de dores
Esqueçamos, pois projeto nova vida
 
Quero dizer ao meu amor
Bem vindo ao Rio Grande de acolá
Aqui vivemos sem dor
E o laço regente peregrinará
 
Quero ainda dizer
Que quando meu amor rezar
Vai-me ainda prometer
Que pra sempre irá me amar
 
Ainda é pouco tanto amor
Meu triunfo é tua presença
Esse rincão é nosso calor
Melodiosa é esta nascença
 
O cruzeiro testemunha será
Sinto fino sonho real
Enfim é maciço, é cabal!
E já já meu amor virá...


***

imagem: solteirasedescoladas.blogspot.com
Adam Poth
Enviado por Adam Poth em 27/03/2012
Código do texto: T3579011
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2012. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.