O beijo

Foi a festa da loucura,

o calor de todos os sonhos-

poderei passar horas a falar

mas nada poderá descrever.

Veja que deleite,

das melhores situações,

das minhas ricas indagações.

E mesmo sem amor usufruí

deste tão raro elixir.

Os corpos foram se juntando

e, mesmo não querendo,

possuiu-me ideias vagas de pecado.

Quem lembrará de pecado

quando ele te reinar?

E os corpos continuavam juntos,

e minha mente continuava fora,

num êxtase interminável

- sei que serei contraditório-

de inegável amor.

Como quero falar que a amo,

ou apenas mimá-la com doces palavras,

mas minha boca não corresponde

aos meus maiores estímulos.

Como é grande a exaltação do amantes!

Algo lindo, algo delirante!

Perdem-se todas as aflições,

ficam mais leves que nuvens.

Mas sempre há a hora de partir.

Sinta a angústia do tempo,

do tempo que passa vagaroso,

para voltar à mesma felicidade.

Eduardo D
Enviado por Eduardo D em 03/04/2012
Código do texto: T3592218
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