Cais abandonado.

... Quando as ondas rebentam nos rochedos

E soa a sirene do farol

O estivador belisca o traseiro da entregadora de marmitas,

Eo pescador luta com um peixe no anzol

Eu caminho por um cais abandonado

Lendo na areia morna a trilha dos caranguejos

Tranco no peito um inquilino alucinado

Com a lembrança indócil do seu último beijo

Com as pernas trêmulas de uma ancião,

Num asilo esquecido,

Que raptou nas ruas a expressão fechada,

Dos desconhecidos

E manda uma gaivota te levar essa canção

Voe,voe,voe,voe comigo

Venha logo nas asas de fogo do meu amor

São teus todos os horizontes que abrigo

Nunca as muralhas ensanguentadas com a minha dor

Voe comigo,para aonde eu for

É um cruel castigo,viver sem o seu amor

E continuo sozinho,

As gaivotas e o toque morno dos teus pequenos seios,

puro cetim...

É uma pena que o seu carinho,

More em cidades encantadas fechadas para mim.

Voe,voe,voe,voe comigo

Venha logo nas asas de fogo do meu amor

São teus todos os horizontes que abrigo

Nunca as muralhas ensanguentadas com a minha dor

Voe comigo,para aonde eu for

BARTHES
Enviado por BARTHES em 05/04/2012
Código do texto: T3596824
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