Cais abandonado.
... Quando as ondas rebentam nos rochedos
E soa a sirene do farol
O estivador belisca o traseiro da entregadora de marmitas,
Eo pescador luta com um peixe no anzol
Eu caminho por um cais abandonado
Lendo na areia morna a trilha dos caranguejos
Tranco no peito um inquilino alucinado
Com a lembrança indócil do seu último beijo
Com as pernas trêmulas de uma ancião,
Num asilo esquecido,
Que raptou nas ruas a expressão fechada,
Dos desconhecidos
E manda uma gaivota te levar essa canção
Voe,voe,voe,voe comigo
Venha logo nas asas de fogo do meu amor
São teus todos os horizontes que abrigo
Nunca as muralhas ensanguentadas com a minha dor
Voe comigo,para aonde eu for
É um cruel castigo,viver sem o seu amor
E continuo sozinho,
As gaivotas e o toque morno dos teus pequenos seios,
puro cetim...
É uma pena que o seu carinho,
More em cidades encantadas fechadas para mim.
Voe,voe,voe,voe comigo
Venha logo nas asas de fogo do meu amor
São teus todos os horizontes que abrigo
Nunca as muralhas ensanguentadas com a minha dor
Voe comigo,para aonde eu for