MAU DE AMOR

MAU DE AMOR

Em cada linha uma lágrima

Em cada estrofe uma dor

Em cada verso uma lástima

Em cada poesia um mau de amor

Era um amargo poeta

De amores frustrados

Virara um profeta

Da desilusão e muito magoado

Em seus tristes arrazoados

Todos absolutamente borrados

Pelas lágrimas que caíam no papel

Destilava todo o seu fel

O mau de amor era uma praga

Que corroía suas entranhas

Provocava sensações estranhas

E o fazia viver uma saga

Estava abatido e arrasado

Por ter sido ludibriado

Entregara-se com sofreguidão

E tudo não passara de ilusão

Agora não tinha mais paz

Sonhava com o aqui jaz

Viver tornara-se um fardo

Do amor era bastardo

Pensara no êxtase

Obtivera uma metástase

O câncer do desamor

Tornara-o um perdedor

Arnaldo Ferreira
Enviado por Arnaldo Ferreira em 16/04/2012
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