MAU DE AMOR
MAU DE AMOR
Em cada linha uma lágrima
Em cada estrofe uma dor
Em cada verso uma lástima
Em cada poesia um mau de amor
Era um amargo poeta
De amores frustrados
Virara um profeta
Da desilusão e muito magoado
Em seus tristes arrazoados
Todos absolutamente borrados
Pelas lágrimas que caíam no papel
Destilava todo o seu fel
O mau de amor era uma praga
Que corroía suas entranhas
Provocava sensações estranhas
E o fazia viver uma saga
Estava abatido e arrasado
Por ter sido ludibriado
Entregara-se com sofreguidão
E tudo não passara de ilusão
Agora não tinha mais paz
Sonhava com o aqui jaz
Viver tornara-se um fardo
Do amor era bastardo
Pensara no êxtase
Obtivera uma metástase
O câncer do desamor
Tornara-o um perdedor