Mutatis mutandis

Que é da uva depois que passa?

Da madrugada até a manhã?

E da areia sem argamassa?

Ou do carneiro sem sua lã?

O doce vinho vira vinagre.

No fundo a uva, não mudou nada.

Ninguém supõe que ela se estrague

Deixando a taça pela salada.

Os ventos sopram... os dias vão...

E tudo muda sem qualquer norma,

Não adianta dizer que não.

É o conteúdo com outra forma.

Que é do moinho se não há vento?

Do por do sol se ninguém o vê?

E me pergunto se tem alento

Viver a vida sem ter você?

Sérgio Serra
Enviado por Sérgio Serra em 17/04/2012
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