CAMINHO VÃO

Longe vai-se o dia que me aparta de sua luz

Porém aqui quem me conduz é tua indesistível proximidade

Numa calamidade acrescida a tudo quanto me reduz

A qual me induz a ser refém da mais inútil irrealidade!

Em cada fragmento vejo a grafia dos romances mal escritos

Todos descritos pela idealização que adoece meus delírios racionais

Autênticos arsenais de pacificadores conflitos

A traduzir análogos gritos que me reportam ao que de ti terei jamais!

Tangendo cordas metafóricas que euforizam toda paz em surto

Que tão somente eu escuto, que apenas eu estou capaz de vislumbrar

Talvez a me desencontrar ou mesmo a me acrescentar com furto

Num agigantamento curto de tudo quanto toco sem ao menos alcançar!

E assim de longe assisto-me cruzando todas as fronteiras

Transpondo as porteiras que apartam essa lucidez de seu oposto

Sentindo um certo gosto que se mistura ao aroma das fogueiras

E com mentiras verdadeiras, tentando ocultar esse amor exposto!

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Reinaldo Ribeiro
Enviado por Reinaldo Ribeiro em 17/04/2012
Código do texto: T3617575
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