PRETÉRITO PRESENTE – FINAL

(21-03-11)



Este é o presente de que o passado
Vive agora, no âmago
O último deles ou o quinto rechaçado
Onde enfim se finda todo o sabor amargo

Já que o frondoso sete
É o número do infinito
De branco disparaste o ginete
Até terras sem mar, recordo “caminito”
É a lã de finos novelos
Aquela mesma de aventais grossos
Não esqueço a pompa desses cabelos
Que exorcizam até poetas desdenhosos

Da vida torpe que um dia pudera aprendi
Longe desses olhos, sete anos, sete vidas
Todas elas eu daria por ti
Por um único beijo a luz das três marias

Todos orgulhos e medos são sutis
Toda melancolia é efêmera
Ao som dessa voz de cassis
Deste rosto de Apolo, aprendiz de desdêmona

E tantas outras luas
Que um dia rutilaram para mim
Já que vens do ouro, sabes tu
Das nobres feições, rosto serafim

Essa semântica epistêmica da verdade
Que liberta, salva e guia
Abençoado por esse endêmico sete
Que por idas tolas geram saudade
A quem a paz gera linda maresia
Cortejado, em pose de valete

Aos passos de eternas paixões
És brinde rubro como entranha servil
Arco-celeste colorido, borbotões
A nós parabéns, por volúpias mil...



***

imagem: downloads.open4group.com
 

Adam Poth
Enviado por Adam Poth em 17/04/2012
Código do texto: T3617583
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