AMOR ETERNO

AMOR ETERNO

Olho-a nos olhos castanhos

E vejo um olhar

Um desejo de amar

Sem tamanho

Toco sua face

Já prevendo o desenlace

Um beijo molhado

No lábio entalhado

Lá vai um sussurro

Com força de murro

Que derruba a resistência

E não pede clemência

As mãos iniciam a descida

Acariciando cada detalhe

Tentando assim dar-lhe

A essência da vida

Sinto seu cheiro

Que retesa o arqueiro

Na busca do alvo

Que o tem ainda a salvo

Procuro suas coxas

Envoltas na colcha

Descubro-as fremente

Antes de ir em frente

Acaricio seus pés e pernas

Em busca da caverna

Que esconde o mel

Néctar dos deuses do céu

Enfim a tenho completa

Sem pressa, repleta

Num ritmo compassado

Até o ato de amor consumado

É um amor ao mesmo tempo

Apaixonado e terno

Nunca foi um passatempo

Sempre foi e será eterno

Arnaldo Ferreira
Enviado por Arnaldo Ferreira em 19/04/2012
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