Leis do amor.

De querer-te tanto e tanto tê-lo esquivo,

Dos meus quereres abstendo-me por quanto,

Vejo que tenho o teu desejo vivo,

Quando dos meus o afasto e desencanto.

Assim procede do prazer ao pranto,

Minha dor confusa e meu olhar altivo,

Que te oferece com doce acalanto,

Um beijo brando e um não incisivo.

E me pergunto quanto tempo dura,

Entre o ficar e a fuga essa disputa,

Até que um de nós tenha entendido.

Que nesta lei de oferta e de procura,

O único que tem perdido a luta,

É o amor que está desguarnecido!

Priscila Neves
Enviado por Priscila Neves em 19/04/2012
Código do texto: T3622135
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