Geometria do amor

Sou o teu sujeito indeterminado numa coalisão de um texto metafórico, com começo meio e fim, inacabado... Apenas encerrado com reticências... Até o próximo encontro...

Não posso ser o ponto final da nossa história... Sou um texto com várias interrogações... Intermináveis exclamações! Principalmente quando veste teu vestido colorido, colado no corpo, deixando ver a tua geometria perfeita que meu ângulo reto, tanto anseia...

E assim passo os dias... Nesse cataclismo de interjeições num conjugar infinito do verbo amar. E reverberando traduzo o meu amor no gerúndio... Sempre te amando, te querendo, te esperando...

Quando então se dá o tão sonhado encontro do “côncavo e o convexo”, o meu coração perde o ritmo e desce rumo ao ponto final... E então, ao final de curvas sinuosas do teu corpo, encontro meu porto seguro, minha âncora, minha bússola. E só então, refaço o caminho de volta, até chegar a tua boca para colher teu beijo com sabor de mel...

Percebo então que toda essa cadência, num ritmo acelerado é tão somente para transbordar o meu amor em teu corpo suado...

E então, saciados e confusos num turbilhão de um amor sem fim, traço meu plano perfeito de nunca caminharmos por linhas paralelas e sim, linhas que se cruzam e se encontram no mesmo destino... Na geometria do amor com inúmeras lombadas e retornos obrigatórios... Obedecendo sempre o sinal PARE! E se abasteça aqui...

val cunha
Enviado por val cunha em 20/04/2012
Reeditado em 23/04/2012
Código do texto: T3624159
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