Choveu na Serra!
Mas, desta vez, ninguém ficou molhado, no sentido literal da palavra, talvez, apenas me umedecessem os olhos de grata emoção..
Então, choveu o que? - perguntarão os mais afoitos.
Pois, eu lhes digo que durante os três últimos dias o que choveu lá no sítio, em Friburgo, foi poesia.
Poesia solta no ar, fragrante, quase palpável!
Mesclando-se ao ar de fino frescor, encobrindo as árvores, arbustos e flores, as esculturas de deusas gregas, impregnando-as de beleza, de terna amizade, de inefável tranquilidade, tudo evocado pela companhia da nossa Ana Flor do Lácio, uma das grandes poetisas Recantistas, que nos deu a honra de poder recebê-la e com ela e João, seu marido, conviver num comprido fim de semana.
Foi desse congraçamento extremamente feliz que aconteceu a chuva de poesia!
E por ter-me banhado nessa bendita chuva, não poderia escapar aos seus efeitos e, em homenagem ao querido par, envio a eles e a todo o amado grupo do RL, esta nossa homenagem.
FOLHA MORTA
Perdi você, sou folha de outono,
Que se desprende do galho,
E que a leve brisa carrega,
Em volteios graciosos, talvez
Para distantes paragens.
Quando apegado a você,
Com o verde viçoso da vida,
Sugava sua energia, com
Tanta sofreguidão e amor,
Sem jamais pensar no fim.
Foram verões luminosos,
Primaveras radiosas,
Tanta luz irradiamos,
Tanta beleza criamos,
Mas o outono chegou.
Fui arrancado de ti,
Estou só e ressequido,
Não do amor que sempre tive,
Mas da amarga certeza,
De encontrar-te jamais.
Enquanto giro no ar,
Sem ter aonde parar
Sinto com alegria suprema,
Saber que em seu cerne deixei,
A indelével marca do amor!
Mas, desta vez, ninguém ficou molhado, no sentido literal da palavra, talvez, apenas me umedecessem os olhos de grata emoção..
Então, choveu o que? - perguntarão os mais afoitos.
Pois, eu lhes digo que durante os três últimos dias o que choveu lá no sítio, em Friburgo, foi poesia.
Poesia solta no ar, fragrante, quase palpável!
Mesclando-se ao ar de fino frescor, encobrindo as árvores, arbustos e flores, as esculturas de deusas gregas, impregnando-as de beleza, de terna amizade, de inefável tranquilidade, tudo evocado pela companhia da nossa Ana Flor do Lácio, uma das grandes poetisas Recantistas, que nos deu a honra de poder recebê-la e com ela e João, seu marido, conviver num comprido fim de semana.
Foi desse congraçamento extremamente feliz que aconteceu a chuva de poesia!
E por ter-me banhado nessa bendita chuva, não poderia escapar aos seus efeitos e, em homenagem ao querido par, envio a eles e a todo o amado grupo do RL, esta nossa homenagem.
FOLHA MORTA
Perdi você, sou folha de outono,
Que se desprende do galho,
E que a leve brisa carrega,
Em volteios graciosos, talvez
Para distantes paragens.
Quando apegado a você,
Com o verde viçoso da vida,
Sugava sua energia, com
Tanta sofreguidão e amor,
Sem jamais pensar no fim.
Foram verões luminosos,
Primaveras radiosas,
Tanta luz irradiamos,
Tanta beleza criamos,
Mas o outono chegou.
Fui arrancado de ti,
Estou só e ressequido,
Não do amor que sempre tive,
Mas da amarga certeza,
De encontrar-te jamais.
Enquanto giro no ar,
Sem ter aonde parar
Sinto com alegria suprema,
Saber que em seu cerne deixei,
A indelével marca do amor!