UM SENTIMENTO INCONDICIONAL

Antes mesmo que eu houvesse nascido,

Já havia uma forma de amor, de amar,

Latente, manifesta, despontada...

No meu íntimo: na alma e no coração.

Difícil, impossível de esconder,

Era um amor palpável, perceptível.

Assim que eu vim ao mundo,

Uma forma de amar, de amor, próprio

E essencial, existente por si mesmo,

Veio intrínseco em mim.

Um sentimento sensível – e lindo!

Infindo, assombroso... admirável!

Hoje, reside um amor em mim,

Que faço questão de escancarar.

E não há no mundo amor maior.

Na alegria ou tristeza; derrota ou vitória...

Não há como não admitir, negar...

Notório, evidente... é um prazer inegável.

E, para sempre, na superfície do meu ser

Ou no mais profundo, no âmago da minha alma,

Haverá, por este clube, um amor inesgotável.

Na alegria ou no pranto, cubrir-me-ei como seu manto.

E não entoarei um hino, mas uma forma oração:

“EU TERIA UM DESGOSTO PROFUNDO SE FALTASSE O FLAMENGO...”

E nem um povo – há um nação. Ele é imensurável.

E não arrisque tentar entender – ele é Inexplicável.

E nada, nem ninguém conseguirá apagá-lo,

Destruí-lo, varrê-lo de mim – ele é indelével.

Pois nem mesmo palavras, atos

E gestos o definirão – ele é indefinível.

Uma emoção passional, racional...

No entanto, sempre em movimento – e nunca imóvel.

Um sentimento, uma paixão, uma ternura,

Um afeto, uma idolatria, um amor... indissolúvel.