Sete Vidas

Sete Anos, Sete Vidas

Encontrei por Sete anos, o significado da Vida

Ganhei o combustível para acelerar meu espírito

Daquele olhar, daquele sorriso, daquela ternura, daquele delírio

Cheguei a ficar sem meus sentidos, meu pulso estourava

Dá luz e do brilho que me esperava, veio o freio brusco em minha alma

E eu tive de parar

Observei seu encanto, seu doce jeito meigo, sua magia

Como um ilusionista, parecia ter vindo de uma cartola,

Quando a via enxergava o mais belo pôr do Sol, radiante, estupendo

A mim esquentava e o calor me aquecia ao excesso, tenso suei

me apaixonei, me emocionei, tremendo fiquei, sem saber o que contar

mas aquela estrada ficou sombria, estava escurecendo, tinha dificuldades de enxergar, o sol se partiu e tudo se corroeu

A noite chegou, me tranquei na pior constelação para não ver o pecado

você não veio me libertar, me escondi no armário, você não veio me salvar

Estava fora de mim, como um raio circulando-a, pressionando-a

Sua exuberância e luxúria continuavam irradiantes, seu cheiro, suas sábias palavras, a doce pessoa que sempre foi, como um chocolate Belga, longe de ser alcançado, como um Belo monumento e sua arquitetura impecável, eu sabia que estava no caminho certo

Então um eclipse parecia querer empurrar a Lua, mas não foi suficiente, daí tudo parecia virar um filme de terror, sofri, esperei, fiz os outros sofrerem, mas nunca perdi a chave do Amor, do baú da felicidade, do Relâmpago que com seus raios atingia mais que qualquer outra coisa, tentando descobrir aonde estava a chave do Amor, de mais uma sobrevida.

A Lua Parecia para mim sorrir, como uma chance de eu me libertar, mas não fui forte o suficiente para tentar entender o que é a Conquista, a covardia martelou um prego e cravou minha mente em nuvens perdidas, e eu cai, perdi mais uma oportunidade, e você continuava cativante, sempre no compasso da música, no mais afinado acorde do violão, na mais bela nota do piano, no mais belo solo de uma guitarra, mas eu sabia que esta música ia se perder como em um conto mau contado, pensei em avisar, era tarde demais...

Fui oprimido pelo meu próprio medo, não sai ileso desse amor acorrentado, não me libertei ainda, as vidas iam se acabando, restava os últimos suspiros, meu coração batia cada vez mais forte, me humilhava de tantas oportunidades perdidas, não era hora, se eu pudesse ter lhe falado, mas Deus me deixou Mudo, atônito, os dias foram passando, mesmo com sol ou lua, mesmo com dia e noite, uma simples neblina parecia me paralisar, cheguei a um quadro de desespero, a chave estava se quebrando, enquanto a minha vida tomava um novo rumo, parecia dizer um Adeus, ou até logo, você foi presenteada e eu parecia desacordado...

Foi quando novamente acordei, parecia o fim de uma novela sem o último capítulo, mas não foi, te vi simples como a natureza, te encontrei da forma que Deus a trouxe ao mundo, sua áurea brilhava mais que qualquer estrela, mesmo diante das dificuldades eu aprendi que nunca é tarde para buscar mais uma vida, a sétima vida, nela encontrei a chave do paraíso, era um cadeado difícil de abrir, ainda mais com uma chave quase quebrada, mas não derrubou o mais belo sentimento, fui mais forte que o muro de Berlim, não me deixei arruinar pelo fracasso, diante do meu insucesso veio a glória e quando enfim te encontrei, te abracei, resgatei todos estes Sete anos, de sofrimentos, angústias, dor, paixão, muita coisa ficou guardada, e o cadeado foi aberto em meu coração, brotando em mim uma semente Muda, novamente atônita, mas desta vez não precisava mais de palavras faladas para você enxergar, pude te beijar, te abraçar, sentir o teu corpo, sua presença, como você estava vulnerável, mas nesta pequena carícia pude expressar através de gestos tudo que eu pensei neste sete anos a sete chaves, palavras suaves e simples como "Eu Amo Você" e neste mais puro beijo, mais parecia um romance infantil, brincadeira de pré adolescente, senti seu coração pulsando junto ao meu e o Amor foi libertado depois de tanto tempo guardado como uma princesa de um conto de fadas!

Helládio Holanda
Enviado por Helládio Holanda em 30/04/2012
Reeditado em 30/04/2012
Código do texto: T3641020
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