VEM!...

Não fique a imaginar, venha!
Durmo consigo meu homem...
A cama macia está vazia e fria
e sob a luz do luar, vamos os lençóis
brancos de linho, amassar...

No instante mágico de ternura,
venha me desnudar, tocar minha pele,
deixar o desejo meu corpo apossar.
Preciso de seus abraços, laços fortes
e que a estesia seja o suporte
desta noite de êxtase total!...

Deixo a janela entreaberta
venha com o farfalhar do vento,
bailando na cortina de renda transparente.
Venha de mansinho, pleno em carinho
pois a noite é uma menina virgem,
que ora quer ser mulher.

Sob a luz do abajour, na penumbra
descubra-me, decifra-me, liberta-me
com o toque sutil de suas mãos exigentes.

Cubra meu corpo com beijos,
retribuirei cada carícia na mesma intensidade.
Venha! Descortine o véu fosco da saudade,
abra meus sonhos e deles se sinta senhor!

Venha, mas não quero só o ato material
preciso que traga o verdadeiro amor,
aquele que une matéria-alma
e de dois, um só faz,
que flui qual luz incandescente
e torna o momento imortal.

Venha e traga-me um pouco da sua paz!


2007






Anna Peralva
Enviado por Anna Peralva em 31/01/2007
Reeditado em 03/11/2009
Código do texto: T364236