>>> SONHO AMOR <<<

AcorDei aiNDa hÁ pouCO. sonHEi noVAmeNTe contIGo. AssistÍAmos, deitADos, a Um esplÊnDido pÔr-Do-soL. MiNHa CAbeçA enCOStada nOs seUS seIOS, dEIxando meUS cabELos Á alTUra dO sEU quEIxO e dA Sua boCA. BeiJEi-O e sENti o chEIrO dO Seu perfUMe, melHOr dizENdo, soNHei o cHEiro dO seU perFUme.

SonHO-tE diVERsas veZEs, durANte mUIto temPO. SeuS olHOs nÃo sE deSVIavam dA maGNifICênCia dO soL irROmpeNdo conTRa o fORte e dIStaNte hoRIzonTe. No entaNTo, aiNDa chegaVa aLGuma iluMInação naQUele quARtO suRRealmENte gRAndE e Na penuMBra. IluMInavam seUS oLHos quE irraDIavaM umA coR diferENte. ErA boniTo. SimpLEs assIM: boniTO. nãO bonITo comO chopIN ou neRUda. erA bonITo siMPlesmeNTe pOr seR capAZ dE Me retiRAr quaLQueR outRA conCEpçãO dE parâMEtro parA beLEza. comO o bELo deVE sEr: inEXpreSSívEl eM palaVRas. deVE nãO Por obriGAção. DeVe poR suPOsiçÃo. PAra miM, belA Era veR vOcê.

SoNHei-tE nUa, debaiXO doS lençÓIs, venDO uM pÔr-dO-Sol toDO pintANDo eM óLEo nO horiZONte lonGE quE ansiÁvamOs quaNDo jUNtos. ouVI suA Voz, seU geMIdo soRRindO e faLAndo amENIdadeS. SuAs ameNIDades eraM poesIAs dE borbolETas eM revOAda soBRe enORmes papOULas. Eu nÃo saBIa quE borbOLetas eraM pOEtisas e vOcê aPEnas mE diSSe: "nÃo sãO poetisAS, São POéticas".

Você nãO deSViou dO horiZONte umA Vez seqUEr. AcorDEi coM suAS palAVraS nO Meu oUVido. AcORdei aiNDa hÁ poUCo.E seI quE, enQUanTo tE eSCrevO, vOCê aiNDa DEve esTAr dormINdo.

>> GABRIEL ROMERO <<

Texto com Autoria de: Rafael Vaz