POEMA DA COMPENSAÇÃO
Te compensarei no amanhecer
Entre lençóis úmidos e amarrotados
Entre delírios sussurrados
Entre nosso amor dedicado
Te compensarei no cair da tarde
Pelos passeios não realizados
Pelas mãos não entrelaçadas
Pelos jardins não visitados
Te compensarei no fim da noite
Pela conversa não travada
Pelo banho não compartilhado
Pelo sono não velado
Te compensarei até o final
Pelos dias não vividos
Pelas noites bem dormidas
Pelas promessas não cumpridas
Te compensarei, enfim,
Não pela obrigação
Nem pela intrínseca devoção
Mas sim por todo o sentimento
Que cabe no breve espaço do meu coração
São Paulo, 01 de Fevereiro de 2007, em meio a tanta saudade...