Sentindo-se Amada

Procurou a própria pele

E encontrou o lençol morno

Nas pontas dos dedos.

Na boca, digitais saborosas

Ainda úmidas de sonhos doces

Tateados em beijos de chuva tropical

Sentindo-se amada

Até o íntimo brilho de sua aura,

Percebia ainda os caminhos tesos

No retesar dos póros e mamilos,

Pela lembrança dos sentidos.

O medo a invade subtamente...

Seus ouvidos começam

A esquadrinhar o volume do quarto...

Quando vê vapores d’agua

Vindos do chuveiro

Sorrindo-lhe a presença d’ele

Acendendo-lhe o desejo de enxugar-lhe

O corpo

Em seu corpo...

Ainda fogo.

Opus Sewaybricker
Enviado por Opus Sewaybricker em 02/02/2007
Reeditado em 02/02/2007
Código do texto: T367363