O BARDO PRISIONEIRO

O BARDO PRISIONEIRO

Nídia Vargas Potsch

Enraizado em mim

encontra-se um atormentado bardo,

espectro de emoções amalgamadas,

querendo gritar por socorro,

anular o quebranto existente,

nas silentes madrugadas,

onde prantear por ti

tornou-se um hábito ...

O sol rompeu com o dia claro

e a manhã surgiu com toda força.

Serenou sentimentos, amainou dores,

trouxe ondas de calor e esperança

para o impossível

tornar-se apenas lembrança ...

Marcas e cicatrizes ficaram

como vestígios de tamanha dor.

Mas, o calor reinante,

fez fluir novas sensações e gota a gota

destruiu as ilusões mirabolantes ...

A alegria de viver brotou e criou asas.

Renovaram-se os sentimentos a partir de então.

E o poeta adormecido,

que a longo tempo aprisionado ficara

sem versejar de amor,

neste exato instante, reviveu ...

Nídia Vargas Potsch

Rio, 27/07/2006

Nídia Vargas Potsch
Enviado por Nídia Vargas Potsch em 03/02/2007
Código do texto: T368419