Negra Vênus Entre Os Véus - 2

E todas as manhãs vêm clarear

O mundo sem cor, um horizonte

Clandestino de lagrimas decaídas

Rio amargurado que flui no seu amargor.

Perdida Vênus, ouça o meu clamor

Outrora eu fui a sua dor

No mar perdido me entreguei no seu calor.

Então deixei que os horizontes

Marcassem o seu sorriso

Uma manhã doce e gélida

Com a brisa beijando meu rosto.

Ela é como anjo

Uma Vênus Negra entre os véus

Ela sorri para esse espírito poético

Em horizonte amargurado.

E o meu coração...

O meu coração sofre

Sofre a dor, paraíso descolorido,

Sujo e corrupto.

Em horizontes perdidos de amargura

Vejo seu rosto no frescor da minha inocência

Frescor angelical, doce sorriso outonal.

Talvez algum dia você apareça

E me mostre a sua dança de rainha

E rodarás para mim com seu sorriso outonal

No paraíso descolorido do seu amargor.

Rodrigo Arcadia
Enviado por Rodrigo Arcadia em 31/05/2012
Código do texto: T3698348
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