" DESESPERO "

Me entristece a culpa, fonte de dor,

Somente lembranças, teu corpo do meu fugindo,

E eu em lágrimas me esvaindo,

na angustia partida do teu amor

A tarde que chora , lentamente se indo,

Como impávida e gélida é fria carpideira,

Pois sabe que foi do poeta, a primeira,

Cede lugar a noite, e a tristeza que vem vindo,

De certo somente a solidão de outrora,

Da felicidade aos poucos se construindo,

Que no soluçar profundo que ficou agora,

Da torre de sonhos que se vai caindo.