Regresso a infância

Ao nascermos somos dotados somente de amor, não pela necessidade inerente do outro, mas sim porque com um singelo sorriso desdentado corresponderemos a expectativa do outro por nos amar.

Simplesmente amamos.

Posteriormente somos aviltados da simplicidade do amor, de sua verdade incondicional.

Distorcem as formas de aceitação, formas de obtermos atenção.

Somos condicionados a competir por realizações que inerentemente nos conduzirão a infelicidade por esquecermos de nos amarmos.

Dinheiro, poder, beleza, statos fugacidades de uma sociedade que não sabe amar.

Passamos a vida buscando cumplicidade, companheirismo, paixão e amor.

Somos incoerentemente cruéis um com os outros, pois geralmente o provocamos, agredimos e sufocamos o ser amado.

Inquerindo tristeza a frágeis relações familiares, sociais.

A maior conquista de um homem é conseguir cativar outras pessoas a ponto de ser amado pelo que se é: alguém que despedido de vaidades, de orgulho ama como uma criança correspondendo carinhos, correspondendo a desejos.

Passamos a vida toda tentando resgatar nossa compreensão infantil do amor, e geralmente, já idoso conseguimos com caricato sorriso desdentado corresponder, de mesma forma traquina, a expectativa de nosso amado.

Vinícius Vanir Venturini
Enviado por Vinícius Vanir Venturini em 09/06/2012
Reeditado em 08/06/2014
Código do texto: T3713818
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