Rabiscos de amor

Minhas mãos, trementes,

Quase não conseguem segurar

A caneta que desliza tão suavemente

Por sobre a folha que agüenta o meu pesar

Meu olhar se fixa tão compenetrado

Na folha branca que espera minha ação

Uma lágrima então borra o papel já rabiscado

Que então se umedece junto ao meu coração

A minha escrita é totalmente em desalinho

Já nem sei mesmo as palavras que escrevo

O meu olhar turvado agora chora de mansinho

Tentando decifrar todo o enigma desse enlevo

Toda a dor que sinto é transportada ao papel

Em desarranjos e em versos que nas letras se perderam

Na busca afoita de socorro numa lágrima fiel

Nos meus olhos já tão secos que as lágrimas verteram

Paro e observo esse papel por um instante

Minhas mãos se afrouxam e a caneta ao chão se esvai

A noite é longa e tudo volta a ser como já foi antes

Simplesmente estes rabiscos de amor que nunca sai...

Allves
Enviado por Allves em 09/06/2012
Reeditado em 09/06/2012
Código do texto: T3714212
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