NOITE DELAS, DELAS...

Amado! Detêm em tuas mãos meus risos oblíquos de mulher;

Vem, esvazia teu ímpeto sobre mim, em me querer por completa;

Guia-me pela cintura a Andaluzia, único prazer que te resta;

Modela-me n'um encaixe pra o teu libido, e faça o que quiser.

Retire o “Sutra” do meu corpo em formas de mil camas;

Construa em mim, uma obra aos moldes do livro proibido;

Deixe o nosso show ecoar por toda a madrugada em um só gemido;

Seja o desbravador nórdico e eu serei a rainha da Espanha.

Leve-me por mil e uma noites as luxúrias do harém;

Ostente, sobre minha pele de lua, o seu símbolo de herói;

Libere seu prazer mais vulcânico em exultação;

Flutue sobre as águas quentes do nosso clímax;

Adormeça ouvindo meus sussurros incoerentes, sem sintaxe;

E amanheça comigo, sobre as brasas da nossa paixão.

Tomb
Enviado por Tomb em 09/06/2012
Reeditado em 09/06/2012
Código do texto: T3714272
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