O vento levou sem destino

Estando o vento a soprar ao ponto de uivar

Estando as velas abertas convidando-o

Estando o timão quebrado e o leme não funcionando

Estando assim meu destino a deriva

Sobrepujados ao vento

Escapa-nos o próprio poder do dominío

Resta nos perguntar:

"Onde vamos parar?"

Está na mão do incerto

Não posso prometer nada que não seje o vento

Sendo o maior receio, afundar

Antes de avistar qualquer destino

Escapa à mão fazer nosso próprio caminho

O que é feito de mim?

Capitão de um návio sem dominío

Sendo você , linda donzela, Princeza minha

Escapou as minhas mãos o dominar deste návio tão primitivo

Uma bússola a orientar , um návio à não escutar

Sendo assim tal situação, nada mais sou

Que um marujo pescador

Queria eu mudar a direção, o destino

Alçar velas no cais de um lindo porto

Um porto seguro

Para de Princeza minha , fazer-te Rainha

Sendo assim deixemos o vento soprar

E ansiosamente esperar

Para ver se na mesma ilha , mesmo porto

Nossas vidas, nossas histórias vão se encontrar...

Pois a vida me faz acreditar

Que maior que seja o amor

Nem sempre ele faz,

todas peças se encaixar

Existem fatos que dados a ocasião

Foges de nossas mãos...

Deoclécio Rodrigues
Enviado por Deoclécio Rodrigues em 06/02/2007
Reeditado em 06/02/2007
Código do texto: T371513
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