Meu anjo fêmea,minha alma gêmea.

Semear-te em mim,para boas colheitas é só o que farei.

Porque o teu nome rima com a sorte dos reis.

Então,que o peso do meu egoísmo levite e alce vôo,

não mais te seja um estorvo,me permita te oferecer o novo.

E me faça ter uma mais afável leitura desse nosso mundo,

que os meus momentos para a tua felicidade sejam sempre fecundos,

que eu jamais tolha a sua espontaneidade,

que você não se assuste com as minhas pequenezas,

que teus olhos não me vejam menor por causa da minha humildade,

das minhas poucas certezas.

Mesmo inconscientemente,

que eu não seja algoz de seu pequeno coração fatigado,

possa sempre arrancar de seu belo rosto,

pelas cotidianas tristezas marcado,

alguns sorrisos iluminados.

Pelos caminhos escuros,

que eu possa apontar a claridade suave do seu futuro.

E se repentinamente silenciar,

poderei estar ferido,

mas,

jamais cansado de acompanhar contigo o pôr do sol à beira mar.

Respiremos o ar dessa manhã na plena claridade de nossas almas e nossos pesares cotidianos,

sinto que,para as distâncias,a luz do céu espalma,

O que em nós se pretende diluviano.

Encontrando um ao outro,encontramos o nosso tesouro,

Agora,transformemos o trágico que nos circunda também em ouro.

BARTHES
Enviado por BARTHES em 15/06/2012
Código do texto: T3725824
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