V I D A
V I D A
Corre o tempo
contra o tempo
em desordem abismal
sobre a amurada
da vida
Mãos abertas em cristal
junto ao espelho
as fragrâncias da pele
entre as transparências
do tempo
como farpas
Enquanto a luz
tão pueril
e implacável
se abate
como um lamento
sobre o calendário
do tempo
Luiza Caetano