Seu Poema

Quando comecei o poema

E o tema bem fluía

Sobre minha nostalgia

Qual não via problema

Minha mente era sua,

permanentemente sua.

Os membros ainda calmos

O peito em brasa, combustão

Me suava enquanto a mão

Escorregava meus alvos

Minha mente era sua,

permanentemente sua.

Nem a mão ali era minha

Quase que mecanizada

Minha mente ditava

E a mão não escrevia

Minha mente era sua,

Nobre, pobre, efêmera e sua.

Já ao meio me rendi

Aos sentimentos vis

E, não porque eu quis,

Já ao fim sucumbi:

O poema já era seu!

Inconveniente e seu.

Júnior Leal
Enviado por Júnior Leal em 20/06/2012
Código do texto: T3734226
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