Sonhei, Amor.

Esta noite sonhei contigo, Amor!

Sonhei que estava em seus braços.

Sentia a intensidade de seu calor,

Envolvendo meu corpo em seus laços.

Sonhei que a tocava com candura,

Cadenciando os movimentos, com calma,

Seus cabelos e face, desejando sobrepujar a moldura,

Para estar próximo da desejada alma.

Olhava em teus olhos, enquanto percorria,

Meus toques, em sua tez, para alcançar,

De forma suave e determinada o “bósforo”, em alegria,

Tornando tênue a linha de nosso amar.

Sonhei contigo esta noite, Amor!

Sonhei que havia alcançado o nirvana,

Das noites que suas palavras causavam rubor,

Das horas vividas e sonhadas de quem ama.

Sonhei ainda mais, Amor!

Sonhei que me amavas ao delírio.

Sem drama, agonia ou pudor,

Em longínquos campos de lírios.

Mas apenas sonhei com isso, Amor.

Ao acordar, sem rumo, à tino.

Sentia ainda na alma o furor,

De seus toques e meu desatino.

E, de repente, na alma surgiu a alegria

Das palavras ditas no fervor,

De nossas conversas, nossos segredos e agonia.

A promessa, de termos o mais belo amor.