Una Nave da Guerra







Qualquer coisa na vida é o amor,
paz sem o fim dos acabados,
e somos apenas nós e todo mundo.
Diga que retornará tarde demais,
junto com aos pássaros e as epidemias.
Eu acenderei uma estrela azul
para iluminar o caminho do entardecer.
Essas, são tantas coisas minhas,
que nunca sei se são suas também.
Mas eu juro por qualquer coisa,
que nossa velhice será ao som do blues,
observando o esqueleto de navios fantasmas
que aportam nas praias feitas de alucinação.
Nunca houve sequer a proximidade do mar.
Veja....qualquer coisa na vida é o amor.
E diga você, que como atlante sustenta
essas arcadas que trazemos sobre os ombros.
Frontispício solene do teatro das virtudes,
onde desaparecem, na ponta dos pés,
a voz cantora do orgulho enforcado.

Depois dos seu olhos e de sua alma,
não me estranha o que vejo no coração dos outros.
Somos mais humanos que tudo o que perece,
mais mortais, por nossos medos ancestrais,
pois não quero ferir seu silêncio
pois nunca sei se este peito que guarda a noite,
é sua armadura ou uma extensão da minha saudade.
EDUARDO PAIXÃO
Enviado por EDUARDO PAIXÃO em 29/06/2012
Reeditado em 29/06/2012
Código do texto: T3751205
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