Rosa vermelha

 
Para aquela mulher eu dei amor
Eu lhe dei um nome sem vacilar
Por algum tempo a gente foi feliz
Na tranqüilidade... Do nosso lar!
 
Na nossa casa tudo era alegria
Do jardim, ao mais humilde cantinho,
Até uma capelinha mandei construir
Onde a gente sempre rezava juntinho.
 
Um dia ela se foi, sem nada dizer,
Deixando pra trás, um rastro de dor.
Uma saudade, que veio pra morar,
Pondo um fim em meu sonho de amor.
 
Vendo suas coisas jogadas no chão
Um cenário triste e avassalador,
Na penteadeira a, rosa vermelha. 
Que eu dei a ela na noite anterior.
 
A noite chegou e lá fora às luzes
Uma a uma, elas foram acendendo.
O sol se foi, voltaram às estrelas.
E outros como eu que estão sofrendo.
 
A procura de um bar a onde afogar
A magoa e a dor que está lhe matando
Eu me junto a eles, por que preciso,
De um copo amigo me acompanhando.
 
No final da noite eu volto pra casa
Onde o silencio e a solidão me espera
Uma sala vazia e um quarto triste.
Um coração doente que chama por ela.
 
Hoje a capelinha esta abandonada
Por isso, Senhor procure me entender.
Já não faz mais sentido ir lá pra rezar
Eu só volto lá quando dela esquecer!

 
Pelotas: 30 / 06 / 2012