Solidão

À minha frente o copo vazio

Estou só, estou deserto

Estou longe, estou perto

Estou fora de mim

A morte me espreita

Porém, não tenho temor

Não a teme,

Quem não tem esperança

Quem não tem amor

Estou sem ninguém

Na rua desolada

No bar, na calçada

Em algum lugar

Inutilmente espero alguém

Que não sabe que existo

Que sei que não vem

Essa ausência me apunhala

Me corta a alma, o pulso e a fala

Porém não sinto mais dor

Meus sentimentos destroçados

São como as flores mortas

Que o vento não levou

São frágeis, porém são belos

Perfuma ainda, os pé de quem as pisou

Celio Govedice
Enviado por Celio Govedice em 10/02/2007
Reeditado em 08/07/2017
Código do texto: T376165
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