AMOR DEFINITIVO
Muito eu ouvi a solidão
Falar comigo silente,
Quando tudo era tão vazio
No quarto escuro e sombrio
Eu me tornava arredio,
Reativo por ser tão carente
Do toque sedoso e macio.
E embora eu sofresse a dor
Que me causara a saudade
De viver um grande amor,
No cultivo da bela flor,
Do seu lúbrico olor,
Do verde da mocidade,
Do seu mago sabor;
De tanta docilidade.
Agora só tenho um motivo,
De nada eu posso queixar,
Do modo que agora vivo,
Sem medo de ser cativo
Do amor imperativo,
Que só ordena o amar
Com amor definitivo
Para nunca mais acabar.
(YEHORAM)