DESCOBERTA

Sentado na calçada de meus pensamentos.

Pretendo colocar minha vida em jogo.

Que já foi destruída pelo amor.

Minha vida que já foi florida, e partilhada pelo amor.

Hoje se encontra enegrecida, fechada e blindada.

O amor não tem como penetrar jazereis na escuridão.

Dos meus pensamentos.

Pois sem ela, não viverei.

E me pergunto?

Até aonde sobrevirei, pois dela tirava, forças para me erguer.

Andando entre os túmulos de meu passado, vi um que nada estava marcado.

Pois só havia um retrato, logo me lembrei de você, e da lembrança veio a tristeza, e da tristeza veio a amargura, e da amargura?

Veio uma vontade de se acabar, mais e mais.

Vagando pela escuridão, encontrei palavras de compreensão.

Pois não há entendia, continuei andando.

E quando dei por mim estava ali.

Parado diante de ti, antes mesmo de falar pergunto?

O que fiz para parar de me amar?

E logo veio a resposta:

Tu estavas trancado dentro de ti, dentro de seu mundo, e como poderias te ajudar?

Mesmo estendendo minha mão há ti, e tu se negou à ajuda.

O que fizestes de ti, enfrente um espelho!

E olhe para dentro e vejas o que se tornou?

Tornou-se um nada, é ao menos capaz de ver na sua frente a pessoa que amas.

Olhe pra ti e veja como estás, parece um mendigo, sujo por dentro.

Drogado com seus pensamentos, que me fizeram te abandonar.

Abra seus olhos e os olhos de seu coração, pois esta é a ultima vez que te estendo minha mão!

Não seja orgulhoso, olhe para dentro de si mesmo, e verás quanto é um homem de bem.

Vamos, vamos nos encontrar novamente, e voltarmos a sermos as velhas crianças.

Que viviam felizes com o cair da tarde.

Vamos, se ti esqueceu posso fazer você se lembrar, como me ensinou?

O quanto era importante olhar para a pessoa amada, e dizer:

O quanto a amo, e escutar a chuva cair no telhado, e eu deitada em seus braços.

Escutando você me dizer:

Que estar comigo era como abraçar a paz.

Venha, se desaprendeu, terei paciência em te ensinar tudo de novo, como me ensinou.

Ensinarei a você a ser um homem amado novamente.

E eu disse:

Sinto a vida entrando dentro de minhas entranhas com o ar.

Aquecendo-me de amor, e sinto algo quente rolando pela minha face.

É uma sensação que a muito tempo não sentia, o gosto suave e salgado de uma lagrima.

Dou minha mão a ela, e sinto-me conduzido.

Aonde estas me levando?

Espere e veras.

Em meio as arvores havia uma casinha, perdida em minhas lembranças.

E com um passe de mágica, a chuva veio a cair sobre nós, e ao me molhar.

Senti lembranças reaparecerem, peguei-a no colo.

E caminhei em direção a esta casa, ao adentrar.

Não acreditei, no que via, [era como voltar a muitos anos] no tempo.

E descobrir, que sempre fui amado.

Más não permiti a mim mesmo a amar

POETA do MAR
Enviado por POETA do MAR em 10/02/2007
Código do texto: T376427
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