ALFA E ÔMEGA/ÉBANO E MARFIM
(Sócrates Di Lima)
No ébano e no marfim,
O alfa e o ômega são verosimilhantes,
Um sentimento sem fim,
Em dois seres de modos positivantes.
Preto no Branco,
Do começo ao fim,
Nossa sentimento é franco,
Eu nela, ela em mim.
E que digam as estrelas de um céu aberto,
A luz ao longe mirando em nós,
No negro véu de branca transparência,
Cobre nossas almas antes, durante e pós.
E assim, sempre será,
Ambos no colo de um amor eterno,
Mesmo que o corpo um dia cessará,
Permanecerá o amor no invólucro terno.
Basilissa é minha mulher prometida,
Com alma cravada em jóias rarissimas,
Como se na vida toda tivesse havida,
A natureza do amor em fontes riquissimas.
Como o poema escrito no caderno,
Guardado no baú dos sentimentos,
Nem o tempo , da primavera ao inverno,
Desfolhará este amor e seus elementos.
Assim amanheço o dia,
Com a alma em elevo,
O coração cheio de amor e poesia,
Dedicados a Basilissa em vultuoso relevo.
E as sombras dos pensamentos ínúteis,
Jogados como pó sob um negro tapete,
Em nada interfere e nem modifica com esse joguete,
As intrigas de tais personagens fracos e fúteis.
E que nossos corpos se levantem do leito,
Trazendo no semblante a alegria do sorriso infinito,
Para que o nosso dia seja perfeito,
Sob o olhar de Deus e seu amor indescrito.
Assim, o amor em nós sempre prevalecerá,
E cada vez mais se fará forte nela e em mim,
Amor abençoado que Deus sempre regerá,
Na maestria do alfa ao ômega, no ébano e marfim.