SINTOMAS DO AMOR
SINTOMAS DO AMOR
Vai chegando sorrateiro
Aos olhos ataca primeiro
Depois o pensamento
Logo após o inicial momento
Aos poucos vai crescendo
Tomando todos os sentidos
A razão tolhendo
Qual surto adquirido
Não pode ser combatido
Com armas usuais
A flecha do cupido
Não admite soluções banais
Não dá também pra relaxar
A tensão fica no ar
O respirar arfante
Demonstra sentimento asfixiante
Assim são os sintomas iniciais
Desta doença eterna
Que vez por outra hiberna
Mas volta sempre mais
Não há cura prevista
Pelo menos a vista
Para o mal que nos assola
Atingindo em cheio a cachola
Ainda bem que não há vacina
Nem estudos para cria-la
Afinal é coisa de cabala
É amor adrenalina