SINTOMAS DO AMOR

SINTOMAS DO AMOR

Vai chegando sorrateiro

Aos olhos ataca primeiro

Depois o pensamento

Logo após o inicial momento

Aos poucos vai crescendo

Tomando todos os sentidos

A razão tolhendo

Qual surto adquirido

Não pode ser combatido

Com armas usuais

A flecha do cupido

Não admite soluções banais

Não dá também pra relaxar

A tensão fica no ar

O respirar arfante

Demonstra sentimento asfixiante

Assim são os sintomas iniciais

Desta doença eterna

Que vez por outra hiberna

Mas volta sempre mais

Não há cura prevista

Pelo menos a vista

Para o mal que nos assola

Atingindo em cheio a cachola

Ainda bem que não há vacina

Nem estudos para cria-la

Afinal é coisa de cabala

É amor adrenalina

Arnaldo Ferreira
Enviado por Arnaldo Ferreira em 09/07/2012
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