Palavra escrita

Escrever, escrever, escrever...

Maldição ditosa em teu ser

Paga luas, estrelas e sóis

gasta o tempo nesse mundo atroz.

Fica a palavra estendida

ali na folha ganha vida

sentença vil da poeta

que frente ao mar se embebeda.

Conta e reconta a vida a tantos

entregue na magia dos cantos.

Faz doçuras na boca do azedo. Versa

letras e rimas que a ninguém interessa.

Versa, versa linda poetinha

Vestida de palavras solta-te na linha.

Caminha e deita tua mão escrava

e na cava do poema teu sentir lavra

o dia, a noite e na prega da madrugada

deixa por lá a tua lida da escrita alada.