clichês

Meus lenções sentem falta do calor mas não da contradição que é ter você aqui...

tantas palavras que no final dizem sempre a mesma coisa

sem significado espontâneo, sem direções definidas

esse nosso amor...

mais duvidas que certezas...

e eu me sentindo afundando...

caindo num abismo obscuro dos teus medos

eu sei que me deixei levar...me deixei envolver por promessas não ditas

e vou remoendo fatos passados...

será que é mesmo nosso destino sermos infelizes?

estou acorrentada a rotina de te ter aqui

e me sinto sufocar de tanta magoa

mas são as flores que sussurram mentiras

são as flores passivas agressivas que colecionam nossa alma

num ciclo vicioso de nascer e morrer os botões

é assim no simples ciclo de vida que elas distraem nossa atenção

o que falta agora é a coragem de terminar o que já acabou

arrancar as raízes

e vou repetindo minha ladainha de sinos e tambores

continuo olhando para você sem ter noção do que se passa na sua cabeça...

seus olhos paralisados que não demonstram emoção

e eu perto de você enlouquecendo com a rejeição

a verdade vem com um raio que ignora os sentimentos

meu orgulho foi abalado...

as paredes são muito brancas!

e a pia tem muita louça...

mais um ataque de ansiedade e me falta ar

o melodrama do dia a dia me desgasta

você é melhor sem mim...

cheia de clichês e sincera me vou...

antiquark
Enviado por antiquark em 15/07/2012
Reeditado em 15/07/2012
Código do texto: T3779240
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