...Quando te perco!
Quando te perco...
No espaço e no tempo,
No sim e no não,
No porque e no talvez,
Na razão mais sensível
De minha alma,
Permeiam dúvidas,
Dilacerando em dor,
A espera tua!
Quando te perco...
Nenhuma poesia me alenta,
Fico a vagar qual borboleta
Pousando na flor amarela,
Buscando o teu néctar!
Quando te perco...
Perco-me na estrada,
Erro o caminho,
Falta-me a tua luz
A guiar meus passos!
Quando te perco...
Meu íntimo perscruta
Será amor ou castigo
Não poder te achar?
Quando te perco...
Sou um barco a deriva,
No poente da tarde,
Navegando sem rumo!
Quando te perco...
Pressinto o outono,
Folhas secas
Se espalham
No vão que se abre
Em meu coração!
Quando te perco...
Sou metade,
Fragmento,
Cigalho,
Neste amor!
Quanto te perco...
Quase tudo eu perco,
Menos a razão de te amar.
E o porquê de tanto amor
Faz todo sentido,
Ao te reencontrar!
Liliane Prado
(Exercício Poético)
(Exercício Poético)