...Quando te perco!
 

Quando te perco...
No espaço e no tempo,
No sim e no não,
No porque e no talvez,
Na  razão mais sensível
De minha alma,
Permeiam dúvidas,
Dilacerando em dor, 
A espera tua!

 
Quando te perco...
Nenhuma poesia me alenta,
Fico a vagar qual borboleta
Pousando na flor amarela,
Buscando o teu néctar!
 
Quando te perco...
Perco-me na estrada,  
Erro o caminho,
Falta-me a tua luz
A guiar meus passos!
 
Quando te perco...
Meu íntimo perscruta
Será amor ou castigo
Não poder te achar?
 
Quando te perco...
Sou um barco a deriva,
No poente da tarde,
Navegando sem rumo!
 
Quando te perco...
Pressinto o outono,
Folhas secas 
Se espalham

No vão que se abre
Em meu coração!
 
Quando te perco...
Sou metade,
Fragmento,
Cigalho,
Neste amor!
 
Quanto te perco...
Quase tudo eu perco,
Menos a razão de te amar.
E o porquê de tanto amor
Faz todo sentido,
Ao te reencontrar!


Liliane Prado
               (Exercício Poético)
Liliane Prado
Enviado por Liliane Prado em 21/07/2012
Reeditado em 22/07/2012
Código do texto: T3790363
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