Desespero não poético.

Que faço para que acordes?

Que digo para que ouças?

Permaneces por tempo longo em tua escuridão.

Que faço,

dizes logo!

Que digo,

falas logo!

Tua alma seca!

Tal qual folha de outono

quebra-se sem amor.

Estás distante

do meu querer,

do meu sabor.

Não há em ti o sentido

de sentir-se amado

O calor de ser desejado.

Finda tua espera

De amor...

Fim da loucura de

Amar e sentir-se amado.

Paro meu caminhar

Perco em desordem

minhas lembranças de nós

Deixo contigo minha ausência

Carrego comigo

A falta de tua presença.

Alma sem ar,

Alma sem brilho,

Secas tal planta sem água

Tal vida sem luz.

Hoje finda em mim

por vez

o desejo de por ti lutar.

Parto de ti

Partes a mim

Em partículas

E sem esperar

Calo!

E sem querer

Por essas linhas

Falo!

Nas linhas não mais poética

Caminho na loucura

Do desespero de não mais ter-te

Em mim

De não mais viver por ti.

Fatimiha
Enviado por Fatimiha em 21/07/2012
Código do texto: T3790373
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