Este sobressalto,
deslumbra seu corpo.
Seus olhos, mais que azuis,
aviltam meu desejo
por sua feminina ânsia.

Por ti, musa inominada,
orbito apenas infâmia.
Vago em seu universo
como tolo, como anjo.
Posto-me contraluz,
a essa intensa chama
e sua orgânica arrogância.

Entre seus cabelos,
envoltos numa tiara
quero envolver os dedos.
Demolir sua altivez,
afastar-lhe os medos.
Trazê-la à minha carne.
Pois, sua nudez é tudo,
que minh’alma clama.