Meu Doce Novembro

Ela é bem assim

Duas mãos segurando a face

A mesma face que sorri

Encantando a vista de quem verseja a felicidade de sua alma

Ela é bem assim

Bem de longe vem e tumultuando corações

Perfurando sonhos e desencantando a calmaria do nada

Ela é bem assim

Não pede pro tempo correr nem arrastar-se

Aceita a concessão dos deuses mais nobres

E a restrição dos mais castradores

Ela é bem assim

Há dias que nem se nota

N'outros me provoca súbito desengano sua ausência

Ela é bem assim

Convive com as batidas do meu peito

No ritmo dos meus versos tão antiquados e fora de moda

Com a velharia das decepções que recito

Com minha eterna vontade de cantar amores

Ela é bem assim

Despede-se e demora...

É um vento doce, com gosto de promessa de Novembro

Certeza de razões e logaritmos

Paixões e mil amores no olho do furacão

Pedro Hermes
Enviado por Pedro Hermes em 31/07/2012
Código do texto: T3805758
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