VELHO' AMOR
Chegar ao fim da tarde com um olhar cansado
Admirando a velha certeza de uma felicidade estável.
E não comprar sorrisos, mas sorrir apenas com as velhas piadas já quase esquecidas.
E juntos ver o sol se pôr, na incerteza se o amanha virá.
Ah, um amor, nem que seja pra jogar xadrez,
E juntos passear nas ruas, testemunhas mais uma vez .
Não exigir lagrimas e nem suspiros
Só um amor tranquilo, pra descansar sem timidez.
E procurar uma bela sorte no simples sabor da fruta fresca,
Sentindo um frio já distante do mundo, obedecendo a cada segundo as tristes decadências do amor.
Ah, um amor, nem que seja pra esquecer as dívidas.
Dividir as prosas e amarguras. Já no abraço com saudade da saudade,
Sem dor, sem maldade.
E oferecer palavras, carinhos sem rancor,
Tratamento respeitável, como um beijo de uma beija-flor.
E o sol da manhazinha, que venha esquentar. Uma linda flor que não espinha, que possa perfumar.
Exigindo apenas a sorte de qualquer tipo de amor, para que se possa apenas dormir ou sonhar o que ninguém ainda sonhou.
Degustando de uma comida mesmo sem sabor, inventando novas datas que o tempo apagou.
Comemorando e vivendo, brindando e morrendo...
Na eternidade de um amor.