VELHO' AMOR

Chegar ao fim da tarde com um olhar cansado

Admirando a velha certeza de uma felicidade estável.

E não comprar sorrisos, mas sorrir apenas com as velhas piadas já quase esquecidas.

E juntos ver o sol se pôr, na incerteza se o amanha virá.

Ah, um amor, nem que seja pra jogar xadrez,

E juntos passear nas ruas, testemunhas mais uma vez .

Não exigir lagrimas e nem suspiros

Só um amor tranquilo, pra descansar sem timidez.

E procurar uma bela sorte no simples sabor da fruta fresca,

Sentindo um frio já distante do mundo, obedecendo a cada segundo as tristes decadências do amor.

Ah, um amor, nem que seja pra esquecer as dívidas.

Dividir as prosas e amarguras. Já no abraço com saudade da saudade,

Sem dor, sem maldade.

E oferecer palavras, carinhos sem rancor,

Tratamento respeitável, como um beijo de uma beija-flor.

E o sol da manhazinha, que venha esquentar. Uma linda flor que não espinha, que possa perfumar.

Exigindo apenas a sorte de qualquer tipo de amor, para que se possa apenas dormir ou sonhar o que ninguém ainda sonhou.

Degustando de uma comida mesmo sem sabor, inventando novas datas que o tempo apagou.

Comemorando e vivendo, brindando e morrendo...

Na eternidade de um amor.

Marise Marinho
Enviado por Marise Marinho em 31/07/2012
Reeditado em 31/07/2012
Código do texto: T3806003
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