... Que me inunda...

Vem de um jeito assim...

Inunda, afunda

Invade, inunda o peito

Sem abrir comportas

Me conforta a alma

Me rega em madrugadas consentidas

Me apresenta seus naufrágios de amor

Vem vestida em quase nada

Num contraste com a pele branca

Num oposto do bem e num mal que só me faz sorrir

Me apresenta olhos indecifráveis, incalculáveis, insanos aos meus

Um cheiro sem qualquer perfume... O de pele, o que me agrada, a pele que marca

No inverno que recria só pra me trazer pra debaixo dos teus braços

Os que envolve e afasta... Reata, sacode sentidos, revira e lustra sonhos

Me afoga no que inundou...

Pedro Hermes
Enviado por Pedro Hermes em 02/08/2012
Código do texto: T3809211
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