Camarim

Soprando beijos nos ouvidos

De tão suaves fazem arrepiar

Fechados olhos, abertos sentidos

É a Flauta lançando doçura no ar

O Baixo swinga seu poder de sedução

Em sua gravidade envolvente

Com toda calma e precisão

Aflora o devaneio latente

Instigando a sensualidade

A Gaita tira o juízo da gente

Rebola na boca sua musicalidade

Levando o gosto da pele á mente

Os quadris imitam o compasso

Ritmado pelo coração

O palpitar aumenta ao passo

Que a Bateria evolui na percussão

Geme a Guitarra no dedilhar

Escalando com corda e braço

O ápice na precisão do tocar

Cega a noção de tempo e espaço

O suor rega a essência das almas

Fechando mais um ciclo da natureza

O espetáculo brindado com palmas

Fundiu excitação, melodia e sutileza.

Marina Mara
Enviado por Marina Mara em 14/02/2007
Código do texto: T381190