Veias em verso

O vermelho seco do meu verso é denso.

Por ele escorre em doce fúria, o pranto.

Nele desliza a valsa do lamento,

na veia vil que se revela en-canto.

No meu salão repleto de tristezas,

escuto as árias da melancolia.

Danço sozinha em meio às incertezas,

que bailam bêbadas, lânguidas, vazias...

Mas é tão belo o mágico espetáculo,

que não vislumbro o amanhecer do dia.

Eu permaneço em minha madrugada

cheia de Lua, Nova nostalgia.

E vou sozinha ao centro do universo,

erguendo a taça cheia de esperanças.

E bebo às lágrimas, sabor de alma...

Despedaçada por tua lembrança.

Goimar Dantas
Enviado por Goimar Dantas em 15/02/2007
Código do texto: T382197