A quase perfeita definição do amor (1999)

A quase perfeita definição do amor

O amor, estranho

É metonímia, parte pelo todo, antítese, todo pela parte

É metáfora, linguagem fática, suspiro!

É jogo é jogado e jogado, recolhido pra brincar depois

É linguagem, da língua silenciosa que murmura atrás do muro

É literatura que não se lê , vive

É o vão da porta do coração , infartado

É o prisma do olho cego no escuro colorido

É paixão sem pai nem chão

É um abismo que abisma

É santo é pecado é recado

É dado de sete faces, faca de três gumes

É corpo, alma, carbono, amônia, realidade imaginação

É cruel, é cru

Ó amor, quem?!

Tamnil Saito Junior

(1999)

Tamnil Saito Junior
Enviado por Tamnil Saito Junior em 16/02/2007
Código do texto: T383096