Uma certa Paixão

Sinto que toda aquela paixão que um dia me conquistara,

Se esvai como o mais doce perfume nas brisas frias de um vento meigo

Paixão essa que em inúmeros dias lutara, brigara em brandas guerras,

Se vê no chão exausta e sem esperanças de se levantar outra vez.

Mas não, não podes ser assim!

Deves levantar e percorrer seu caminho até não mais sentir as pernas,

Mesmo que essas já bambas e fraquejadas não aguentem mais um passo se quer.

Óh doce e fervente paixão,

Sei que necessitas de motivos que lhe erga de novo aos céus,

Como fazias no início de tua vida, ao voar por entre nuvens de amores infinitas.

Mas ando mergulhado em profundas mágoas de meu próprio pranto

Que me impossibilitam de lhe ajudar a amar novamente

Sei bem das tristezas que lhe rodeiam...

Dos desejos que almejas,

Dos sentimentos que mais precisas para viver e se manter ardente,

Lhe peço imensos perdões,

Mas por favor me entenda

Não consigo manter-lhe viva sozinha, sem outra paixão sem outro carinho...