Nossa Cama
Apenas restou em nossa cama,
O branco fino lençol desarrumado
Com as marcas de um amor que um dia fora ávido,
Ardente, altamente devorador e apaixonante.
Talvez eu deixe tal imagem assim,
Como se fosse pintura, que ao brilho da luz da Lua
Ilumina cada pedaço daquele lugar
Que uma vez iluminara nossos corpos em desvario
E em delírio de minha mente,
Fico a imaginar tua presença mais que perfeita
Junta à aquele lençol, que sempre me fazia desejar a noite,
Afim de que me enroscasse e acalantasse em teus braços acalorados
Aquele perfume que marcava nossos corpos
Já não mais aromatiza nossos travesseiros
Não mais perfuma as noites de afeto amor
Que nos fazia transcender para dentro de nossas próprias almas
Sentado agora a beira da janela,
Vislumbro e admiro o objeto no qual amava estar junto a ti
Agora não passa de um frio, negro e inútil lugar
Na qual não sei se algum dia irei retornar...